11 setembro 2009

A CIRURGIA DA EPILEPSIA COMO TRATAMENTO

As crises epilépticas são produzidas por uma actividade eléctrica anormal do cérebro. A remoção cirúrgica das áreas cerebrais responsáveis pelas crises iniciou-se há cerca de 50 anos. No entanto, com as novas técnicas cirúrgicas e com novos métodos para identificar as áreas a remover, cada vez mais se fazem operações bem sucedidas.
A cirurgia pode ser praticada em crianças e adultos, mas não serve para todas as pessoas com epilepsia ou para todas que têm mau controlo das crises.
Há questões individuais, levando a diferentes respostas para cada pessoa, baseadas na história individual e familiar, nos exames neurológico e mental, nos meios auxiliares de diagnóstico, bem como numa bateria de testes pré-cirúrgicos.

A OPERAÇÃO
O sucesso da cirurgia da epilepsia depende de uma selecção cuidadosa dos doentes, bem como da existência de equipas médicas e cirúrgicas experientes.
A intervenção pode demorar várias horas. Os cirurgiões localizam e removem a área cerebral previamente identificada como a responsável pelas crises, ou então seccionam cuidadosamente as fibras nervosas que unem as duas metades do cérebro, se este tipo de operação está indicada, ou fazem as incisões necessárias às resseções subpiais múltiplas.
O registo de EEG durante a cirurgia pode ajudar o cirurgião a fazer um mapa exacto da área a remover.
O cérebro pode ser estimulado com impulsos eléctricos suaves durante a operação de molde a podem identificar-se as áreas que controlam a linguagem, os movimentos e as sensações.
Algumas vezes toda a operação é feita com o doente acordado sob anestesia local, o que é possível pelo facto do cérebro não ser sensível à dor.
Depois da operação o enfermo fica cerca de uma semana no hospital, após o que continua a recuperação em casa, retomando paulatinamente a sua actividade normal.
Habitualmente recomenda-se manter a medicação anti-epiléptica durante mais um a dois anos, mas algumas pessoas podem mantê-la indefinidamente para controlarem eficazmente as suas crises. FONTE: www.lpce.pt

PLANEAMENTO
Embora seja importante, para o tratamento da epilepsia, uma boa comunicação entre o médico e o doente, este aspecto é mais relevante quando se encara a possibilidade de cirurgia da epilepsia.
Conquanto a cirurgia da epilepsia seja cada vez mais comum, mais segura e mais eficaz, não deixa de ser uma intervenção cirúrgica no cérebro.
O paciente e a sua família devem ter uma noção realística dos benefícios, dos riscos e das probabilidades de um controlo total ou parcial das crises. Há a possibilidade de existirem efeitos físicos ou emocionais após a cirurgia, as pessoas podem ficar desapontadas se as crises não param completamente ou se têm de continuar a tomar a medicação, nem que seja durante uns tempos, após a cirurgia.
Geralmente quando as crises param, ou surgem raramente, há um sentimento de satisfação ou alegria, mas algumas pessoas podem deprimir-se; pode ser difícil ter novas expectativas ou alguém ajustar-se a ser uma pessoa sem crises após ter vivido muito tempo com elas.
Na maior parte dos casos estas reacções são temporárias. Tal como os outros aspectos relacionados com a cirurgia da epilepsia, podem ser melhor encaradas se o doente e a família dialogaram com a equipa multidisciplinar, incluindo neurologistas, neurocirurgiões, neuropsicólogos, psiquiatras, enfermeiras.
FONTE: www.lpce.pt


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