17 setembro 2009

IDENTIFICAR AS CRISES - DIAGNÓSTICO

Nem sempre o doente consegue verbalizar, com precisão, os sintomas da crise epiléptica, dado que, em alguns episódios, se verifica uma perda de consciência. Para confirmar o diagnóstico, os especialistas contam com “o relato de familiares, amigos ou testemunhas que possam completar a informação dada pelo doente, durante o período em que tenha ficado confuso ou esquecido”, diz o Prof. Dr. José Lopes Lima, presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia (LPCE).

Existem, no entanto, outros meios que ajudam a traçar um diagnóstico mais preciso, nomeadamente o electroencefalograma. “Trata-se de um instrumento de grande utilidade, dada a probabilidade de denunciar alterações significativas, e que contribui para confirmar ou negar a origem focal ou generalizada das crises.” Contudo, raramente se tem a “oportunidade de obter, em tempo real e no laboratório, um electroencefalograma de uma crise”. E, assim, “observar se a existência da descarga provocou uma alteração de comportamento”.

Como as epilepsias não são todas iguais, há que procurar as causas que estão na sua génese. “As epilepsias generalizadas idiopáticas [origem desconhecida] são, em geral, facilmente identificadas, não necessitando de exames de imagem para a sua confirmação”, revela. Mas, caso “haja suspeita de que a epilepsia possa estar associada a uma lesão neurológica”, é forçoso recorrer a exames de imagem: a tomografia axial computorizada (TAC) e a ressonância magnética”.

Para despistar eventuais causas secundárias, há que perceber o período em que as crises tiveram início. “Na criança, a epilepsia pode estar associada a alterações do desenvolvimento cerebral, ao passo que, no idoso, a origem da epilepsia pode relacionar-se com a existência de doenças neurodegenerativas”, completa Francisco Sales. Mas, independentemente da causa, “a finalidade do tratamento é reduzir ou eliminar as crises epilépticas”. FONTE: www.jornaldocentrodesaude.pt


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